Um dia quem sabe
Eu pare de sonhar
De escrever
De pensar que a vida
É um conto de fadas
Quem sabe um dia
Eu pare de sonhar
Coisas que nunca
Realizar-se- ão
Quem sabe um dia
A alegria me bata
À porta
E essa dor que insiste
Insiste em me torturar
E que eu bravamente resisto
Então quem sabe um dia
Ela desiste
De mim
E o meu pranto
Hoje triste
Seria de alegria enfim
Quem sabe um dia
Essas lágrimas
Que hoje
Escorrem no meu rosto
De tristezas
De desgostos
Sejam de felicidade
Então terei afogado
As mágoas
As dores
E estarei livre
Então meu coração
Aprenderá
A se comportar
E saberá que
nem sempre
Vale à pena acreditar
Em tudo que fascina
E assim quem sabe
ele renasça
E esqueça essa forma
De amar
(Célia Vasconcelos)
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