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27 de fev. de 2010

Insônia



A noite vem
E com ela a vontade
De te ver
A noite chega
 E meu peito se enche
De esperança
Ouço o sussurro
Das estrelas
Como se dissessem
Que você vai chegar
A noite cai
Vejo a lua timidamente
A me dizer
Que você virá
À noite trás
A saudade de você
A vontade de te amar
A noite deixa
A sensação
De vazio
A noite vai-se
Deixando o cansaço
Da insônia
A noite leva
A esperança de te ter
(Célia Vasconcelos)

24 de fev. de 2010

Lá Fora


Olhando pela janela
Percebi que lá fora
Tem vida
Tudo respira
Tudo se move
Nada parou
Nem deixou de existir
Tudo ainda está lá
Tudo vive
Alheio a minha dor
La fora tudo passa
A vida prossegue
Seu curso
Sem sentir
Sem ouvir
O meu triste cantar
La fora a vida passa
E passa rápido
A vida vive
Respira
Nada deixou de existir
La fora tudo está bem
Tudo vem
E vai
Sem importar-se com meu sofrer
Aqui dentro tudo morreu
Morreu a esperança
O sorriso
A paz
Lá fora não vou
Tenho medo dessa vida
Que parece tão encantadora
Mas difícil de se viver
Enclausurada estou
Morrendo aos poucos
Enquanto a fora
A vida vive
Respira
Ama-se
E eu aqui dentro
Nas mãos da morte
(Célia Vasconcelos)

Desenho-te



Desenho-te
Assim
No coração
Pinto
Você com paixão
Cada detalhe
Cada traço
Bem visível
Faço-te assim
Como nos meus sonhos
Apaixonado por mim
Desenho-te
Crio-te
Reinvento-te
Pra mim
Do jeito que quero
E preciso
Desenho-te assim
Por completo dentro de mim
Como se meu dono fosse
E se apossas de mim
Uso minhas cores preferidas
Cores especiais
Assim como a vida
Que te faz único
Aqui dentro
Intocável
E distante
Inatingível
(Célia Vasconcelos)

17 de fev. de 2010

Eu Já Não Sei



Eu já não sei o que sou
Não sei mais o que penso
Eu ja nem sei o que  quero
Se é que quero algo
Não sei se ainda quero
Essa alegria falsa
Que me dói o rosto
De tanto fingir
Já nem sei se vou conseguir
Sorrir outra vez
Ou se as lágrimas vão me cegar
Eu já nem sei o que quero
Eu já nem mesmo sei quem sou
Não sei se é real o que sinto
Ou se é fantasma o que vejo
Acho que minto
Pra fantasiar meus desejos
Tudo está confuso
Perdido dentro de mim
Eu já nem sei se vou prosseguir
Penso em desistir
Entregar os pontos
Estou vencida
Cansei de tentar em vão
Já nem sei se devo
Ou se quero lutar
Entrego-me
Rendo-me a essa solidão
Meu sol se apagou
Morreu
Os sonhos ficaram trancafiados
Na escuridão
Ficou sem importância
Sem nenhum significado
Estão mortos
Dilacerados
Pela realidade tão vulgar
Mas tão real
Eu já nem sei o que sou
Nem quem sou
Eu já nem sei se vivo
Ou sobrevivo
Já não me escondo da morte
Perdi-me nessa dor
(Célia Vasconcelos)

14 de fev. de 2010

Tua


Me chame
Me inflame
Se enrosque
Me abraçe
Me enlace
E se entrelace
Em meu corpo
E diz que é meu
Que sou tua
Busque-me
Ache-me
Na chama do prazer
Que nasce em teu corpo
Junto ao meu
Se entregue
Me pegue
de jeito
Natural
Sensual
Me provoque
Com teus beijos
Me abrace
Me induza
A revelar segredos
Me ache
Se entregue
Se apegue
E se perca
 Em mim
(Célia Vasconcelos)

Disfarces


Viro e reviro
Mexo e remexo
E me perco
Depois me acho
Visito as avenidas
Da saudade
Fantasio-me
Nas esquinas da solidão
Não me satisfaço
E me visto de emoção
E se vacilo
Esqueço meus lamentos
E caminhando vou
Com passos lentos
Em busca de fantasias
Pra camuflar meus
Sentimentos
E esquecer as desilusões
Sou camaleão
Tenho mil formas
De disfarce
Fantasio-me de paixão
Visto-me de amores
Dou asas à imaginação
Viajo através dos ventos
Através dos tempos
Em busca de emoção
(Célia Vasconcelos)

12 de fev. de 2010

Esquecida



Nada resta 

Nada sou 
Alem de um anjo 
Ferido 
Esquecido 
De asas quebradas 
De coração partido
Esquecido 
Perdido no caminho 
Cheio de labirinto 
Como uma criança 
Abandonada 
Esquecida 
Desesperada 
Tateando em vão 
Uma saída 
Uma luz
Na escuridão 
E prossigo
Esquecida 
Largada 
Abandonada 
De asas quebradas 
Sem poder voar 
Sem poder sonhar 
Esquecida 
De olhos vendados 
De coração dilacerado 
De mãos atadas 
De pés calejados 
Sem poder seguir 
Sem poder voar 
Esquecida 
Sem poder oferecer 
Ou demonstrar 
O meu amor 
Sem poder fugir 
Nem fingir 
Que não ha dor 
E sigo
Esquecida 
Com corpo ardendo 
O coração doendo 
De amor 
Esquecida 
Largada 
Abandonada 

(Célia Vasconcelos)

SAUDADES


Saudade vem
De repente
O vento traz
A tua lembrança
E ela chega
Lentamente
Faz-me amargar
De tristeza
E a dor
Arrebenta
Dilacera
Meu peito
E eu mais uma vez
Fantasio
Reinvento-te
Faço-te meu
Pra não chorar
Mas sempre o choro
Arrebenta,
O coração tolo
De tanto querer-te
De tanto te amar!
(Célia Vasconcelos)


9 de fev. de 2010

Devora-me



Devora-me
Com teu amor
Como tu queiras
Devora-me
Consuma-me
Aprisiona-me
Em teus braços
Sacia minha vontade
De você
Devora-me
Realiza tuas fantasias
Alimenta tua fome
De mim
Mata tua sede
Em minha boca
Devora-me
Instiga teus desejos
De posse
E faz-me tua
Aprisiona-me
Em teu amor
Devora-me
Mata tua insaciável
Fome de prazer
Faz-me presa
Eternamente
Em teus abraços
Escrava dos teus desejos
Faminta
Insaciável
Mata-me
De amor
Tira de mim
Tudo que possa
Fazer-te feliz
E dar-te prazer
(Célia Vasconcelos)

7 de fev. de 2010

Ventos


Ventos trazem amor
Ventos levam dor
Ventos velozes
Que trazem sabor
De vida nova
Que levam as tristezas
Deixando novas alegrias
Ventos que dizem
Que sussurram
Que vale a pena
Viver
Amar
E não apenas
Sofrer
Ventos que varrem
Que arrastam
Desilusões
Que limpam os corações
Levam em furacões
As dores e frustrações
Vento que me toca
E desalinham meus cabelos
E me deixa assim
Com vontade de gritar
Ao mundo minha alegria
Minha sede de amar
Ah vento, me traz um amor
Pelo qual eu enlouqueceria
Viveria
E morreria
(Célia Vasconcelos)

Amo Assim



Meus sonhos
Sempre são assim
Impossíveis
Sempre inatingíveis
Amo sempre assim
Sem retorno
Mas não desisto
De amar
De sonhar
E choro quando
A saudade  dói

Vivo intensamente
Cada momento
Cada segundo
Não tenho medo
De amar
E me entrego
A essa arte
Tão comum
Não tenho medo de falar
O tamanho do meu amor
E o quanto necessito de ti
Não tenho como descrever
O tamanho do meu querer
Do meu amor por você
Simplesmente
Amo
E sonho
E espero
(Célia Vasconcelos)